Chile 2023

Acordamos às 5h a manhã e conseguimos sair às 5:30 sem café da manhã, queríamos evitar o movimento da primeira hora.

As 7h a manhã já estávamos bem longe, na procura por um lugar para tomar um café, acabamos caindo no mesmo posto que passamos na ida, mais uma coincidência.

Voltamos para a estrada e chegamos em Paso de los Libres as 10h, fomos direto numa loja que recebemos uma indicação, uma das poucas que fica aberto ao meio dia. Todos fizeram compras, enchemos os carros de caixas de vinho.

Perto das 11h fomos atravessar a fronteira mas tivemos um problema, quando voltamos do Chile não fizemos aduana de novo, achamos que nada ia acontecer e aconteceu. No sistema contava que saímos na Argentina dia 5 e de lá nada mais constava no sistema. Levamos um chá de banco e uma multa de 10.000 pesos.

Não perdemos mais tempo lá e fomos para os freeshops de Uruguaiana. As lojas são menores que as das outras fronteiras, e com pouca variedade de produtos. Os vinhos eram mais chilenos e argentinos, pouca coisa de europeu. Comprei só umas lembrancinhas e fomos almoçar.

O pessoal da loja indicou um restaurante no calçadão que estava bem bom, comemos e pegamos a estrada.

Rodamos alguns quilômetros e paramos para abastecer em Alegrete, rodamos mais 300km e entramos no posto laranjeiras em cachoeira do sul para comer alguma coisa e esticar as pernas.

Este último trecho parecia muito mais longo e demorado, acho que era a vontade de chegar em casa rápido.

Em resumo rodamos 5800km, cruzados a Argentina e parte do Chile, visitamos 16 vinícolas e fomos em alguns dos melhores restaurantes da cidade. Foram 10 dias intensos de muita correria e pouco descanso, tivemos tempo bom todos os dias, alguns um pouco nublado mas sem chuvas.

Vinícola visitadas:

  • Susana Balbo
  • Bressia
  • Anai
  • Salentein
  • Alfa Crux
  • Catena Zapata
  • Pulenta
  • Cousino Macul
  • Alma Viva
  • Don Melchor
  • Haras de Pirque
  • Vik
  • Clos Apalta
  • Montes
  • Laura Hartwig
  • Viu Manent

 

Melhor vinícola: Clos Apalta

Melhor degustação: Don Melchor

Melhor hotel: Sheraton Mendoza

Melhor almoço: Viu Manent

Melhor jantar: 1884 Francis Mallmann Mendoza

Melhor vinho: Clos Apalta 2012

Nossa ideia era tentar aproveitar e sair com calma, mas o Linné estava dando um bafo para acelerar a saída. O café era excelente mas comemos rápido e já partimos.

Como saímos tarde, pegamos bastante movimento na saída de Mendoza, passamos o dia rodando, em alguns trechos nos separamos e depois reencontramos.

Perto do meio dia começamos a procurar um lugar para almoçar, mas não tinha nada pela estrada, chegando perto de Villa Maria apareceu algumas opções e por uma mega coincidência, caímos no mesmo restaurante da ida.

Comemos super bem lá, eu acabei pedindo a mesma milanesa que comi na ida, os demais pediram carnes que estavam bem bonitas. Descansamos um pouco e pegamos a estrada novamente.

Esse trecho foi bem cansativo, me pareceu mais demorado que na ida. Já tinha mais movimento no final da tarde, chegamos em Santa Fé que 8h da noite. Estávamos em dúvida se íamos num bar comer qualquer coisa ou se íamos jantar em algum restaurante.

Decidimos pelo restaurante, o mesmo que fomos a outra vez, que estava bom. Cada um pediu um prato que acabou sobrando bastante comida, ainda pedimos duas garrafas de vinhos e algumas cervejas. Foi nossa janta de encerramento da trip.

Fizemos nosso checkin e fomos direto dormir, nossa ideia é sair cedo amanhã.

Acordarmos 5:30 para pegar a estrada. Ainda não tinha café da manhã, mas o pessoal do hotel preparou um lanchinho para a gente levar na estrada.

Nos perdemos um pouco na saída, cada um saiu para um lado, mas lá na frente nos encontramos. Perto das 9h já estávamos em Santiago, me parece que a volta foi mais rápido que a ida. Pegamos um bom engarrafamento por lá até tomar a outra autopista que nos levaria para a Argentina.

Fizemos uma parada na Puente del Inca, tiramos umas fotos, compramos uns artesanatos e seguimos na estrada. Como não tínhamos feito a saída na Argentina, acabamos não fazendo a entrada e seguimos reto. Arriscamos mas no fim não deu em nada.

Chegamos em Lujan de Cuyo antes das 15h e fomos direto para a Catena Zapata, nossa ideia era tentar fazer um tour sem agendamento, mas não rolou. Estava vazio e não quiseram fazer nem tour nem degustação, então decidimos ir para a próxima da lista, a Pulenta.

Poucos minutos dali, chegamos na vinícola, fomos super bem recepcionais pelo Rafael que mesmo sem agendamento permitiu a gente conhecer a bodega e principalmente a sala de barricas, onde ficam os motores da Porsche e Ferrari. A ligação deles com a Porsche é porque eles são os representantes da marca na Argentina, e por isso essa ligação. O Adriano aproveitou para comprar vários vinhos da edição limitada Porsche-Pulenta e o resto do grupo também comprou bastante.

Tomamos um vinho de frente para os parreirais, tiramos algumas fotos da vinícola e fomos embora. Nos separamos nos carros dos que iam para o hotel e quem ia passar no shopping, eu fui pro shopping para dar uma olhada e aproveitar para fazer um câmbio. Meu câmbio não deu muito certo, o que era para levar 20min levou quase uma hora, mas no fim, deu tudo certo.

Retornamos para o hotel, fizemos nosso check-in, deixamos as malas no quarto e fomos passear na rua. Passeamos pelo calçadão, fomos em umas lojas de vinho e seguimos em direção ao nosso restaurante, tínhamos uma reserva para nossa janta de despedida da viagem no Azafrán. Tínhamos uma boa lembrava deste restaurante na última passagem nossa por aqui.

Nossa reserva era na mesa dentro da adega, mas de última hora nos trocaram de mesa pois disseram que pela mudança de data, a adega já estava reservada para outro grupo.

Pedimos o menu degustação de 4 passos e na verdade veio 6. A comida estava excelente, começou com um macarron salgado, depois um creme de cebola com alho poro dentro de uma cebola, depois um pescado com um molho picante, um pão de queijo, um Ojo de Bife com legumes a la plancha e finalizando com um rocambole de chocolate com doce de leite.

Harmonizamos com alguns vinhos argentinos que também estavam excelentes. Já que comemos muito, voltamos caminhando para o hotel. Tentamos passar num pub inglês que tinha perto do hotel, mas já estava fechado, com isso, voltamos para o hotel. O Accioly foi para o cassino jogar e o resto foi dormir.

Precisávamos sair mais cedo hoje, eu acordei no meu horário tradicional das férias, as 7h. Fiquei no celular até as 8h e descemos para o café. Já estavam todos lá, comemos rapidamente e pegamos a estrada e mesmo assim saímos queimado.

Nosso primeiro compromisso era na vinícola Vik, que fica a uns 15km em linha reta mas era necessário contornar todo o vale e com isso a viagem passou para 70km com 1h15 de viagem.

Chegando lá, o tour já tinha começado, mas conseguimos pegar bem no início. Nossa guia Andreia, que era nascida no Brasil, mas morando a muito tempo no Chile, nos apresentou a vinícola de Alexander Vik.

O prédio futurista desenhado por uma designer chilena conseguiu representar os valores da vinícola. A área total era de 4.400 hectares, mas de plantas tinha apenas 400ha. Além da vinícola, tem um hotel no alto da colina.

Já visitei muitas vinícola pelo mundo, está me chamou a atenção pelo formato, eles inclusive produzem suas próprias barricas de Carvalho, podendo assim, escolher como será a torra delas. A produção é de 6 a 7 barricas dia, em torno de 100 por mês. Trouxeram um toneleiro da França para trabalhar em conjunto com os chilenos e agora assinam os barris em conjunto.

Nossa visita foi num momento diferente, estão processando a colheita, então podemos ver a prensa de uvas e o pessoal limpando os tonéis de inox, retirando o mosto que sobrou da primeira passagem. Eles prensam essas uvas, que contém muito tanino e depois vira compostagem.

Conhecemos a sala de barricas, que no meu ponto de vista era bem simples e depois fomos para a sala de degustação, repleta de garrafas de Vik.

Nossa degustação contemplou a prova dos vinhos Milla Calla, Vik e Piu Belle além de duas amostras de vinhos que ainda não tem nome, um Cabernet Sauvignon e um Carmenere. Os vinhos estavam muito bons, deixaram a gente repetir à vontade as provas.

Na saída passamos na lojinha, que era bem simples, compramos umas garrafas de vinhos e partimos, antes de ir embora, subimos a colinas para conhecer o hotel, era bem bonito lá em cima. Tinha outra lojinha, bem mais interessante que a da vinícola, além da estrutura do hotel.

Saímos correndo para chegar no nosso almoço que estava agendado na vinícola Viu Manent, no restaurante Rayuela. Chegamos com 30 minutos de atraso, mas fomos bem recepcionados.

A comida era bem boa, apesar de terem passado demais minha carne, os acompanhamentos estavam excelentes. Pedimos uma garrafa de vinho da vinícola e estava bom. Passeamos um pouco pela vinícola, tinha uma área de equitação bem na frente do restaurante. Não fizemos tour nem degustação.

Seguimos para nós última degustação agendada da viagem que era na Clos Apalta, vinícola ícone do Chile e um dos melhores do mundo. A entrada pareceu bem simples, chegamos na recepção ao turista e em seguida pegamos uma van para a viña.

A construção era bem escondida e pequena, com uma pequena entrada no topo da colina que ao entrar se descobre um negócio gigantesco. São 6 andares subterrâneos e mais dois de cave. Iniciamos no andar superior onde é a recepção das uvas, depois no próximo andar os tanques de inox, depois os barris de Carvalho.

Quanto mais a gente descia, mais legal ficava. Nos últimos andares eram esculpidos nas rochas, a temperatura era bem mais baixa. A sala de barricas era linda, e no meio, uma fenda de vidro onde se abria para a cave das garrafas, reserva do proprietário. Tinha safras desde 1997.

Depois de descer 6 andares, era hora de subir de volta e ir para a sala de degustação. Pegamos a degustação premium, que dava direito a provar o Petit Clos Apalta 2019, Clos Apalta 2012 e Clos Apalta 2019, eu gostei mais do 2012, mas estavam todos excelentes.

Já tinha escurecido quando retornamos para o hotel, nossa ideia era jantar pelo hotel pois tínhamos que acordar muito cedo. Tomamos uns drinks no bar do hotel e ficamos conversando por ali. Mais tarde fomos de novo na lanchonete do lado e comemos hambúrguer com cerveja.

Fomos dormir cedinho pois amanhã vamos partir cedo.

Acordei de novo as 7h, já sem sono. Fiquei fazendo hora na cama para não acordar o Rota, perto das 8:30 descemos para o café. O que me impressionou no café foi a variedade de coisas para um hotel que aparentemente está bem vazio, tinha desde vodka até espumante no café, além de muitos tipos de pães e pratos quentes.

Depois do café nos preparamos para o nosso primeiro compromisso do dia, Viña Montes. Fica há uns 20 minutos aqui do hotel, chegamos lá com antecedência pois queríamos tirar umas fotos pelo lugar.

É muito bonito, com muitas parreiras de Carmenere e ainda estão colhendo, comemos diversas uvas no pé ainda. Iniciamos a visita por uma área embaixo das parreiras onde explicou um pouco sobre a Montes e sustentabilidade. Depois iniciamos o tour pela parte da fermentação dos vinhos, fizeram uma estrutura onde se pode enxergar todos os tanques de inox.

Em seguida fomos para a sala de barricas, onde adormecem os Purple Angels e o Taita, que é feito uma única barrica de 600 litros por safra icônica.

Chegamos na melhor parte, a degustação. Tivemos um extra onde estamos nosso olfato, cheirando diferentes aromas para tentar identificar nos vinhos. Eu não consegui identificar nada, mas foi legal. Degustamos um Montes Alfa Pinot Noir, depois provamos um Montes Outer Limits, Montes Alfa M e finalizamos com um Montes Folly.

Após o tour, fomos almoçar no restaurante que fica dentro da vinícola, chamado de Fuegos de Apalta, restaurante do chef Francis Mallmann. Ao chegar estava bem vazio, mas em seguida começou a lotar. O estilo é próprio dele, uma grande parrilla no meio do lugar e tudo com muito fogo.

Cada um escolheu um prato, eu fui de Prime Rib com batatas, estava bom, mas nada excepcional, aliás, é meu terceiro restaurante dele, tirando o de Mendoza, o resto não é grande coisa não.

Conhecemos um casal de paulista que se juntaram na nossa mesa e como estávamos com tempo, aproveitamos para descansar um pouco, tinha umas mesas embaixo de uma parreira, ficamos por ali conversando.

Nosso próximo compromisso era na Susana Balbo, uma vinícola boutique que produz excelentes vinhos. Chegamos um pouco antes, mas não quiseram nos atender antes do horário, mas tudo bem, ficamos circulando pela vinícola que tem uma ligação com cavalos.

O tour era bem rápido pois a vinícola era pequena, conhecemos a área de vinificação e depois a cave com as barricas. A Susana já é uma senhora com 92 anos e está com problemas de saúde.

Fizemos a degustação sem o vinho ícone, mas foi legal, harmonizamos com queijos e torradinhas. Degustamos um Merlot de entrada chamado Laluca seguido pelo Selección del Viticultor e finalizamos pelo Edición de Familia. Passamos na lojinha e compramos algumas garrafas e fomos embora.

Como era cedo ainda, alguns foram passear no centro e outros ficaram descansando no hotel, dessa vez, eu fiquei no hotel.

Na noite escolhemos um restaurante italiano chamado Vino Bello, que estava excelente, muito superior ao Franchesco de Mendoza. Optamos por levar nosso vinho que tínhamos comprado na Laura Hartwig. Meu prato foi uma massa a la putanesca com uma burrata, estava muito bom, mas era bem servido, não consegui comer tudo.

Voltamos para o hotel e fomos dormir, pessoal estava cansado.

Estávamos sem hora para sair, então o pessoal acordou sem pressa, só eu que acordei as 7h. Descemos para o café depois das 8:30 e estávamos vendo o que fazer, tínhamos duas opções:

A primeira era passear em Santiago, caminhar pelo centro histórico e a outra opção era descer direto para o Valle do Colchagua. Considerando que lá é uma cidade de 30.000 habitantes e ainda é feriado de eleições, decidimos ficar passeando por aqui.

Estacionamos no centrão e fomos caminhando pelas ruas, passamos pela La Moneda, Plaza de Armas e os outros prédios da administração chilena. Fomos andando até o mercado público, tomamos um café por lá, estava tudo bem vazio.

Na saída que encheu as ruas, cheio de ambulantes e colombianos. Algumas lojas estavam abrindo, de coisas aleatórias.

Voltamos para o hotel pegar as coisas e seguimos para o nosso próximo destino. Na saída apanhamos para achar um posto de gasolina, quase sem gasolina apareceu um.

Até o Vale do Colchagua é pouco menos de 3h, chegando próximo a cidade, a pista fica simples e a velocidade diminui. Como hoje é feriado de eleições, está tudo fechado, e pouca gente na rua.

Nosso hotel é bem legal, tudo num estilo medieval, antes de fazer o check-in fomos almoçar no restaurante do hotel com os demais. O cardápio é bem variado, só os vinhos que não são muito fortes. Este hotel tem uma vinícola também.

Depois do almoço fizemos nosso check-in e deixamos as malas no quarto, eu o Adriano e o Accioly fomos passear na rua, não tinha quase nenhum comércio aberto, só alguns supermercados e minimercados. Caminhamos nas ruas próximas ao hotel, mas não tinha nada de interessante.

Retornamos ao hotel, juntamos o pessoal no bar e tomamos uns drinks para iniciar a noite, na caminhada, achamos uma lanchonete temática bem pertinho do hotel e lá fomos jantar. O menu era hamburguês de vários tipos e trocamos o vinho por cerveja dessa vez.

Como já estávamos muito cansados da viagem, nós recolhemos cedo.

Como nosso primeiro compromisso agendado era só as 12:15, decidimos não acordar muito cedo, mas mesmo assim eu acordei as 7h. Tomamos café, que era muito bom, e nos organizamos para sair, nossa ideia era fazer uma visita rápida na Almaviva.

Pegando a estrada em direção ao Puente Alto, apareceu a sugestão da Cousino Macul e como estávamos com tempo, decidimos visitar. O lugar é lindo e fica dentro de Santiago, num terreno enorme.

Como não tínhamos reserva, perguntei se podiam fazer compras na lojinha e eles prontamente atenderam. Degustamos dois vinhos dele e passeamos nas instalações, alguns lugares não deixaram a gente ir, mas já deu para ter uma ideia, parece um passeio legal.

Seguimos na estrada em direção da cidade de Pirque, antes paramos num dos vinhedos da Concha y Toro onde ficam as uvas dos vinhos da Don Melchor e Almaviva. Nossa ideia era tirar umas fotos e ir para nossa degustação, porém o guardinha ligou para a mulher que fez a reserva e ela disse que ia mandar alguém nos buscar. Ficamos esperando por mais de meia hora, depois ela retornou à ligação dizendo que estávamos no lugar errado e isso a gente sabia, só queríamos tirar umas fotos mesmo. Aproveitamos para provar as uvas do vinho Don Melchor, que está na época da colheita e até abrimos uma garrafa de vinho para beber no meio dos parreirais.

Agora sim, com a missão das fotos cumprida, fomos para o local da degustação, que fica uns 10km daqui. Passamos pelo vilarejo de Pirque para chegar na Concha y Toro. Lá fomos recepcionados pelo Cláudio, nosso guia mega empolgado que iniciou nosso tour privado

Começou nos mostrando os jardins da casa da família Melchor, depois passamos pelos vinhedos onde tem diversas uvas utilizadas nos vinhos da Concha y Toro e podemos observar a diferença entre os tipos de uva. Como estava na época da colheita, conseguimos provar as variedades.

Passamos para outra área da propriedade onde ficam as barricas dos vinhos, fomos direto na Cave Casillero del Diablo, que na tradução livre quer dizer Despensa do Diabo, local onde adormecem as 600 barricas de Don Melchor por durante 15 meses, até ser engarrafado.

Depois fomos conhecer a casa, totalmente original, com os móveis da época de 1883, decorações e muitas recordações da época. Conhecemos a sala onde até hoje são feitos as reuniões das decisões da empresa, salas de jantar entre outras peças. Nesta mesma casa tem uma sala onde é feito a degustação da Don Melchor Experience, um dos nossos objetivos da viagem.

Fizemos uma degustação fantástica com o Sommelier Teo, um brasileiro do Nordeste que nos contou toda a história do vinho Don Melchor. Na degustação, tomamos 3 das 7 parcelas que compreendem o vinho, e nestas 3 amostras, conseguimos sentir a diferença entre cada parte do vinhedo.

Junto com a degustação, foi nos apresentado imagens de referência e harmonizamos com uns queijos e pães. Ao final da apresentação, ele montou uma parte do vinho com as parcelas que tinha lá e por fim, tomamos a safra 2020, estava espetacular.

A saída é estilo Disney, cai direto na lojinha. Passamos rapidamente por lá e fomos almoçar no restaurante da Concha y Toro mas o pessoal estava cheio dos queijos que comemos na degustação, então pedimos uma tábua de frios e duas garrafas de vinho.

Durante o caminho, vimos que em Pirque fica também a El Principal e a Haras de Pirque, e como estávamos por lá, resolvemos visitar. Fomos primeiro na El Principal mas recém tinha encerrado o atendimento, tiramos uma foto no portão e fomos para a próxima.

A Haras de Pirque parecia está fechada, mas depois de um tempo esperando no interfone, abriram a porta para nós. A vinícola é muito bonita, a construção é em formato de uma ferradura. A linha de vinhos não é muito grande, tem uns 6 rótulos sendo o vinho ícone o Albis.

Aproveitamos o final de tarde por lá, pegamos duas garrafas de vinho e sentamos com vista para as montanhas e os vinhedos. O Rota levantou o drone e fez umas filmagens, e nós ficamos tomando um vinho e fumando um charuto.

Na volta passamos no prédio da Costanera sul, maior prédio da América Latina e também tem o maior shopping do Chile. Lá comprei junto com o Adriano o nosso copinho do hard rock café.

Retornamos para o hotel e descansamos até a hora do jantar. Na hora da saída tivemos duas baixas, o Raul e o Rota ficaram no hotel e nós fomos comer próximo do hotel, o Linné já estava por lá. Pedimos um hambúrguer, tomamos umas cervejas e fomos embora descansar.

Dia de pegar a estrada, acordamos no nosso horário padrão, tomamos café, juntamos as tralhas e saímos do hotel.

A saída de Mendoza estava um pouco engarrafada, saímos em direção a Lujan de Cuyo, tinha bastante obras na estrada, mas até que fluiu bem pois era tudo duplicado.

Fizemos algumas paradas no caminho para tirar fotos mas deixamos para fazer mais paradas perto da fronteira.

Paramos um pouco em Los Penitentes, lá estava bem frio, perto de 5 graus, tomamos um café e seguimos.

Na fronteira do Chile perdemos mais de uma hora na aduana. Estava bem bagunçado, tinha que preencher um monte de papéis, documentação de carro e depois uma vistoria minuciosa da polícia.

Na saída passamos na frente de Portillo, ainda sem neve. Já tinha bastante movimento de caminhões, já tivemos que ir mais devagar. Paramos mais vezes para tirar fotos, acabamos passando despercebido pela Puente de Inca. No Los Caracoles subimos o drone para filmar e tiramos fotos.

Chegamos em Santiago as 15h e fomos almoçar, estávamos com fome. A opção próxima era comer algo no shopping, que fica algumas quadras daqui. Esperamos até o outro carro chegar e fomos lá.

O shopping é muito grande, com muitas áreas diferentes, optamos por um hambúrguer num dos muitos restaurantes que tinha, pedimos uns chopps para acompanhar.

Na saída fomos passear no shopping, o Adriano queria fazer câmbio e o Accioly queria ver um presente para levar. Caminhamos pelos três andares do shopping, achamos várias lojas legais de coisas para casa, de roupas e de vinhos. Acabamos comprando uns presentes na La Martina, que tinha algumas coisas legais.

Seguimos o passei no shopping, na área externa tem as grandes marcas de luxo, mas nada para o nosso bico. Como já estava escuro, fomos para o hotel.

Juntamos o pessoal e fomos jantar, a indicação que recebemos era de uma região aqui do lado do hotel, fomos a pé. Caminhamos pelas quadras olhando as opções, nossa primeira parada foi num bar de drinks chamado 7 Negronis, pedimos o drink da casa, comemos uma tábua de queijos e charcutaria e saímos. Paramos num outro bar que tínhamos olhado no início, era algo mais descolado, com uma música e bastante gente.

Lá pedimos umas rodadas de pisco sour e alguns pratos para jantar, ficamos até perto da meia noite, o pessoal estava cansado. Uma coisa que me chamou a atenção de novo foi que todo mundo fuma, inclusive em locais fechados.

Acabei acordando antes do despertador, fiquei um pouco na cama para não levantar muito cedo.

O café do hotel era simples, mas bom, como tínhamos duas programações, não perdemos muito tempo no hotel. Linné, Accioly e Raul foram para o Vale do Uco, conhecer a Alfa Crux e a Salentein e nós começamos pela Susana Balbo.

Chegamos lá pouco antes das 10, horário marcado para a degustação. Fomos recepcionados pela equipe da Susana Balbo que nos apresentou a vinícola e os vinhos. Começamos por um vinho branco, embarricado que foi servido na sala de degustações. Depois fomos para a sala de fermentação e nos serviu um Torrontes que estava bem bom.

Depois seguiu com a linha Ben Marco servido na sala de barricas de vinho branco e finalizou com visita a Cava com o vinho ícone da Ben Marco. Os vinhos da degustação não empolgaram muito, mas valeu pela experiência e história da Susana Balbo.

Perto do meio dia fomos para o restaurante, tínhamos reservado um menu degustação de 6 pratos, estava bom, mas nada surpreendente. Esta experiência foi harmonizada com vinhos da Susana Balbo, incluindo o ícone Nosotros.

Aceleramos nossa saída pois queríamos passar rapidamente na Pulenta, que ficava a uns 15 minutos dali. Para nossa infelicidade, estava fechado para almoço e abria em 20 minutos, o problema é que não tínhamos esses 20 minutos para esperar. Decidimos deixar para outro dia ir para nossa próxima degustação.

No caminho passamos na frente da Anai, uma vinícola que nos foi recomendada por uns paulistas na Susana Balbo e decidimos dar uma passadinha.

Era uma vinícola bem pequena, com produção de 140 mil garrafas/ano. Fizemos uma rápida degustação somente do vinho ícone deles, que tinha duas safras com duas uvas diferentes. O vinho era bem bom e com produção anual de 2 barricas, 600 garrafas. Compramos algumas garrafas e saímos correndo para a Bressia.

Chegamos um pouco atrasado para a degustação, mas fomos recepcionados muito bem pela Eliana, que fez um tour resumido, mostrando um pouco das instalações, depois visitamos a cave, onde estavam descascando os vinhos ícones da Bressia e depois fomos para a melhor parte, a degustação.

Reservamos a degustação de vinhos de alta gama e começamos por um branco, embarricado que estava delicioso, depois fomos para um Pinot, uva que eu não gosto muito mas esse estava muito bom, talvez era a experiência me envolveu e ficou bom. Seguimos para o Bressia Profondo, depois tomamos um malbec com denominação de origem, este eu ainda não conhecia e finalizamos com o Ultima Hoja, um dos vinhos ícones da bodega. Entre taças e vinhos, ela nos contou a história do seu Walter Bressia, filho de imigrante italiano que veio para Mendoza trabalhar na vinicultura.

Estavam lançando um outro vinho ícone, chamado Saro, mas esse não estava na degustação. Como o pessoal estavam borrachos, voltei dirigindo.

A outra equipe, que foi para o Vale do Uco, começou com uma visita guiada na Alfa Crux, depois um almoço harmonizado no restaurante da bodega e de tarde foram visitar a Salentein. Lá eles fizeram um passeio diferente, não sabem como, mas foram caminhando pela bodega, conheceram a sala de barricas, área da vinificação e ainda acharam uma mesa com umas taças e vinhos e fizeram a própria degustação. Na saída alguém apareceu e disse que eles não podiam estar ali. Foram embora e nem pagaram pelo tour.

De volta ao hotel, alguns foram descansar, eu aproveitei para trabalhar um pouco e depois fomos caminhar nas lojas de vinho. Os preços são quase os mesmos que no Brasil, via importador.

Próximo das 21h nos organizamos para nosso jantar especial, o lugar escolhido foi o Francis Mallmann 1884, este restaurante fica junto a bodega de vinhos da Escohiuela Gáscon, dentro de Mendoza. A fábrica continua operando junto com a Caro.

Nossa reserva era no salão mas tinha uma opção de jantar no jardim, mas como estava frio, optamos pelo coberto. Na parte externa fica a parte com fogo, base de quase todos os pratos.

Nos acomodamos, alguns pediram um negroni para começar e outros foram nos vinhos. Os preços aqui eram bem elevados, mas igual escolhemos um bom vinho.

Escolhemos o menu degustação com 7 serviços e iniciou com pães de fermentação natural que estavam excelentes. Depois começaram a vir os pratos. Veio desde massas, saladas, frutos do mar, wagyo, empanadas, risoto e finalizaram com um mix de sobremesas. Foi excelente, a parte ruim foi pagar a conta.

Antes de sair ainda visitamos a adega do restaurante, que fica no subsolo. Não tem uma grande variedade, mas foi a maior que vimos em restaurantes.

Na volta para o hotel, alguns foram para o cassino e o resto se recolheu, eu fiquei no time que se recolheu, estava passando mal de tanto comer.

Nosso horário de acordar foram as 7:00 para tomar café as 7:30 e sair às 8h. Deu tudo certo e pegamos a saída para a estrada em direção a Mendoza.

A estrada era muito boa, aproveitamos para dar uma esticada na velocidade e alguns quilômetros à frente tinha um radar móvel que acabou pegando o carro do Linné e como estávamos logo atrás, acredito que não deu tempo para pegar o nosso. Uns 2km na frente já estava a polícia com uma barreira e nos parou.

O carro do Linné ficou parado na barreira e nós paramos uns quilômetros na frente no para esperar. Foram multados por excesso de velocidade e farol desligado em ARG 32500.

Depois do prejuízo, seguimos na estrada em direção a Rio Cuarto, cidade que vamos almoçar e fica a uns 120km daqui. Apesar de ser uma cidade maior, não foi muito fácil encontrar algum lugar para comer na estrada.

Acabamos parando num posto e ao lado do posto tinha um hotel com restaurante. Não era nada glamoroso, mas tinha umas milanesas estilo parmegiana que estavam muito boas, para beber, alguns foram de cerveja, outros de refri.

Até o destino final, eram mais 460km, a parte boa é que a estrada era duplicada e pouco movimento.

Chegamos em Mendoza as 19h, como toda cidade grande, tinta bastante engarrafamento e movimento. Nosso hotel ficava bem próximo da praça central, próximo aos grandes restaurantes.

O hotel nos enganou, pelas fotos parecia ser muito bom, mas não era o que encontramos. A cama era boa, mas o resto é mal cuidado, sem manutenção, quarto pequeno. Tudo bem, já cancelamos a reserva da volta e vamos pegar outro hotel.

Ficamos um tempo descansando, eu aproveitei para trabalhar um pouco. Os demais ficaram bebendo e conversando.

Nossa janta será num restaurante que fomos na nossa última vinda em Mendoza, um restaurante italiano chamado Franchesco.

Como era bem próximo do hotel, fomos a pé. Passamos na frente da praça central, do Hyatt e mais um monte de restaurantes. Como era dia de semana, pensamos que não estaria cheio e para nossa surpresa, estava lotado, quase não conseguimos uma mesa.

Tínhamos uma lembrança bem boa do restaurante, tínhamos tomado um Bressia Conjuro 2006 que estava espetacular. Nesta nossa nova visita, os vinhos não impressionaram e principalmente a janta, o meu prato estava bom, mas os demais reclamaram, sem gosto, sem sal.

A parte legal da noite foi encontrar o sommelier que nos atendeu naquela noite de 2016, ele ainda lembrou do vinho que tomamos. Até mostrei a foto para ele, não tinha acreditado.

Na saída passamos no cassino do hotel Hyatt, mas acabamos não jogando, precisava fazer um cadastro para trocar os dólares.