Precisávamos sair mais cedo hoje, eu acordei no meu horário tradicional das férias, as 7h. Fiquei no celular até as 8h e descemos para o café. Já estavam todos lá, comemos rapidamente e pegamos a estrada e mesmo assim saímos queimado.
Nosso primeiro compromisso era na vinícola Vik, que fica a uns 15km em linha reta mas era necessário contornar todo o vale e com isso a viagem passou para 70km com 1h15 de viagem.
Chegando lá, o tour já tinha começado, mas conseguimos pegar bem no início. Nossa guia Andreia, que era nascida no Brasil, mas morando a muito tempo no Chile, nos apresentou a vinícola de Alexander Vik.
O prédio futurista desenhado por uma designer chilena conseguiu representar os valores da vinícola. A área total era de 4.400 hectares, mas de plantas tinha apenas 400ha. Além da vinícola, tem um hotel no alto da colina.
Já visitei muitas vinícola pelo mundo, está me chamou a atenção pelo formato, eles inclusive produzem suas próprias barricas de Carvalho, podendo assim, escolher como será a torra delas. A produção é de 6 a 7 barricas dia, em torno de 100 por mês. Trouxeram um toneleiro da França para trabalhar em conjunto com os chilenos e agora assinam os barris em conjunto.
Nossa visita foi num momento diferente, estão processando a colheita, então podemos ver a prensa de uvas e o pessoal limpando os tonéis de inox, retirando o mosto que sobrou da primeira passagem. Eles prensam essas uvas, que contém muito tanino e depois vira compostagem.
Conhecemos a sala de barricas, que no meu ponto de vista era bem simples e depois fomos para a sala de degustação, repleta de garrafas de Vik.
Nossa degustação contemplou a prova dos vinhos Milla Calla, Vik e Piu Belle além de duas amostras de vinhos que ainda não tem nome, um Cabernet Sauvignon e um Carmenere. Os vinhos estavam muito bons, deixaram a gente repetir à vontade as provas.
Na saída passamos na lojinha, que era bem simples, compramos umas garrafas de vinhos e partimos, antes de ir embora, subimos a colinas para conhecer o hotel, era bem bonito lá em cima. Tinha outra lojinha, bem mais interessante que a da vinícola, além da estrutura do hotel.
Saímos correndo para chegar no nosso almoço que estava agendado na vinícola Viu Manent, no restaurante Rayuela. Chegamos com 30 minutos de atraso, mas fomos bem recepcionados.
A comida era bem boa, apesar de terem passado demais minha carne, os acompanhamentos estavam excelentes. Pedimos uma garrafa de vinho da vinícola e estava bom. Passeamos um pouco pela vinícola, tinha uma área de equitação bem na frente do restaurante. Não fizemos tour nem degustação.
Seguimos para nós última degustação agendada da viagem que era na Clos Apalta, vinícola ícone do Chile e um dos melhores do mundo. A entrada pareceu bem simples, chegamos na recepção ao turista e em seguida pegamos uma van para a viña.
A construção era bem escondida e pequena, com uma pequena entrada no topo da colina que ao entrar se descobre um negócio gigantesco. São 6 andares subterrâneos e mais dois de cave. Iniciamos no andar superior onde é a recepção das uvas, depois no próximo andar os tanques de inox, depois os barris de Carvalho.
Quanto mais a gente descia, mais legal ficava. Nos últimos andares eram esculpidos nas rochas, a temperatura era bem mais baixa. A sala de barricas era linda, e no meio, uma fenda de vidro onde se abria para a cave das garrafas, reserva do proprietário. Tinha safras desde 1997.
Depois de descer 6 andares, era hora de subir de volta e ir para a sala de degustação. Pegamos a degustação premium, que dava direito a provar o Petit Clos Apalta 2019, Clos Apalta 2012 e Clos Apalta 2019, eu gostei mais do 2012, mas estavam todos excelentes.
Já tinha escurecido quando retornamos para o hotel, nossa ideia era jantar pelo hotel pois tínhamos que acordar muito cedo. Tomamos uns drinks no bar do hotel e ficamos conversando por ali. Mais tarde fomos de novo na lanchonete do lado e comemos hambúrguer com cerveja.
Fomos dormir cedinho pois amanhã vamos partir cedo.