Bariloche 2025

Acordei antes das 7h, precisava tomar café e acordar todo mundo. Comecei pela Grazi e depois chamei o Vini, ele estava bem empolgado pela aula de snow. A condição para a gente ir era ele comer algo de manhã para não ir em jejum, comeu um pão com ovo.

Saímos às 9h de casa e ainda pegamos um engarrafamento na montanha, chegamos lá dois minutos antes da aula. Para ajudar, ainda tinha uma fila enorme na escola, ficamos um tempo esperando. Levamos quase uma hora entre fazer a inscrição para a aula, alugar os equipamentos e ir para a montanha. Enquanto a Grazi fazia isso, eu fui lá comprar os passes para a montanha.

Deixamos o Vini na montanha e subimos o Amancay e depois o Dente do Cavalo e nos abancamos no bar lá de cima. Ficamos na parte de fora tomando cerveja e fumando um charuto enquanto contemplamos a paisagem.

Apesar do frio, a Isis não reclamou, ficou assistindo desenho super de boa. Mais tarde entramos para o restaurante e ficamos numa mesa, pegamos uma milanesa para o almoço e tomamos mais umas cervejas. Ficamos um bom tempo por lá, a aula do Vini só terminava às 16h15.

Perto desse horário, saímos para a Isis brincar um pouco na neve, estava encantada, fez até um castelo. Ficava pulando e correndo na neve. Quando nos demos conta, tinha uma fila enorme para descer a montanha e com isso acabamos perdendo a saída do Vini da aula.

Descemos as duas montanhas e pegamos ele na aula. Estava exausto, quase não conseguia conversar mas disse que gostou muito. Tentamos ainda voltar com ele para a montanha, mas tinha só 30 minutos, não daria tempo nem para chegar na montanha. Ele também estava bem cansado.

Voltamos para casa para trocar as roupas, aproveitei para dar uma limpada nos calçados antes de devolver. Passamos no centro cívico para ver se os São Bernardos estavam por lá, mas não.

Passamos numa lojinha de doces, a Isis estava o dia todo pedindo e depois voltamos pra casa.

Fiz o resto do bife e tomei o resto do vinho de ontem. Fomos dormir cedo, amanhã é nosso checkout daqui e vamos para Villa La Angostura.

Consegui descansar bem de noite, a cama era um pouco dura mas ficou tudo bem. A cama das crianças é na sala, assim conseguimos ficar bem acomodados na cama.

Fiz um café em casa para a Grazi, o Vini e a Isis só tomaram mamá. Pesquisamos rapidamente algo para fazer e optamos pelo Piedras Blancas, um parque de neve aqui perto. Já sabíamos que boa parte das atrações estavam fechadas por falta de neve, mas queríamos conhecer o lugar.

Pelo caminho já tinha bastante neve, a Isis adorou. Aproveitei para tirar umas fotos no caminho. Chegando lá, estacionei o carro perto da entrada e ficamos pela rua mesmo. As crianças ficaram brincando na neve que tinha lá, depois fizemos um lanchinho num iglu e a Grazi andou de balanço radical.

Acabamos nem entrando no parque, já que só tinha a tirolesa em operação. Na saída, ainda subimos um pouco mais na montanha, mas fomos aconselhados de não subir sem correntes nas rodas, demos a volta e voltamos.

Na passada, paramos no teleférico do Cerro Otto, mas já estava lotado para hoje, apesar do dia lindo, vamos deixar para o outro dia este passeio. Estávamos no caminho para o Cerro Catedral, resolvemos ir até lá para pesquisar uma aula de snow pro Vini.

Conseguimos estacionar bem perto do complexo, aproveitamos para passear um pouco e depois fui nas escolas de ski para agendar a aula do Vini para amanhã. No final da tarde tomamos uma cerveja nos barzinhos da vila e as crianças provaram as empanadas, a Isis gostou.

Já estava esfriando e fomos embora, no caminho parei no supermercado para comprar os ingredientes para fazer uma janta junto com umas garrafas de vinho e cervejas. Em casa, fiz um ojo de bife com arroz e tomate, as crianças estavam precisando de uma comida mais tradicional.
Antes de se recolher, fomos ao centro ver o aluguel de roupas para as crianças e no fim, alugamos umas botas para nós também. A Isis ficou linda com a roupa de neve dela, o Vini amou a roupa, queria ficar com ela.
O Vini ainda comprou uma luva e fez um câmbio de pesos. Ele que negociou com o cambista.
Fomos dormir cedo, pois amanhã temos que acordar cedo para ir na montanha. As crianças foram dormir sozinhas na sala, até achei estranho.
Queríamos ter aproveitado mais o hotel, a Grazi acordou mais cedo para tomar café pois eu precisaria ainda resolver a questão do pneu. Fiz algumas pesquisas na internet, queria comprar um pneu da mesma marca e só tinha uma loja em Neuquén que trabalhava com Dunlop.
O café deste hotel era excelente também, não era um café gigante mas tudo que tinha era muito bom. Depois do café, peguei o carro e fui na loja de pneus para fazer a troca, pelo menos foi bem rápido.
Na volta já passei no posto de gasolina para abastecer e já avisei a Grazi sobre o horário do checkout. Juntamos nossas coisas e pegamos a estrada, neste momento já eram 11 da manhã.
Poucos quilômetros na frente, num vilarejo que estava pelo caminho, fomos procurar algo para almoçar, o que foi bem difícil. Tinha bastante opções, mas ou estavam fechadas ou era comida para levar. Depois de rodar umas 5 opções, achamos uma lanchonete aberta.
Pedimos um purê com frango e um bife de chorizo, para variar, o Vini não curtiu muito mas comeu. A Isis até comeu tudo, mas só para comer doce no carro.
Como saímos tarde e logo paramos para almoçar, esse trecho ficou comprido dentro do carro. A distância não era tão grande, mas próximo a Bariloche a estrada era mais sinuosa.
Já tinha caído bastante a temperatura, e já apareciam os primeiros sinais de neve. Uns 150 km de Bariloche tinha bastante neve na estrada, até fizemos umas paradas para tirar fotos. O Vini ficou feliz de ver neve, até colocou a mão.
Ainda rodamos bastante para chegar na cidade, nosso airbnb é perto do centro. Para entrar no apartamento era quase um enigma, tinha as informações mas precisava achar as dicas. Quando entramos estava bem quentinho.
Só deixamos as coisas no apartamento e fomos para o centro procurar algo para jantar, nossa intenção era comer no Bolicho del Alberto e chegamos 10min antes de abrir, porém a fila era gigantesca, quase na esquina. No fim não conseguimos entrar na primeira leva e desistimos. Nossa opção foi jantar no Família Weiss, um restaurante que viemos outras vezes, e por milagre, esperamos uns 20 min só.
Pedimos uma salada, um salmão e um ojo de bife, que estava excelente. Tomamos um vinho e ficamos relembrando os bons tempos de Bariloche. Na saída passamos pelas lojinhas a caminho do carro.

Minha ideia de saída era às 7h, mas acabamos saindo às 8h30. O café da manhã não empolgou as crianças, que mal comeram um pouquinho de cereais e um nescau. Eu e a Grazi comemos até morrer.

Antes de pegar a estrada, passamos no posto para abastecer e iniciar nosso segundo dia de estrada.

Não rodamos muito e já paramos para almoçar, como não tomaram café, ficaram com fome cedo. Estávamos procurando a primeira cidade que tivesse um posto de gasolina e achamos um e em seguida uma parrilla num outro posto de gasolina.

Era uma parrilla raiz, com todos os miúdos do boi, acabamos optando por um vazio, que era a única coisa que não era estranho. Pedimos junto uma salada, que as crianças gostaram bastante.

Pós almoço, seguimos nosso caminho em direção a Neuquén. Durante o caminho passamos em algumas blitz, incluindo uma só de bafômetro, achei bem esquisito e ainda bem que não estamos bebendo no almoço.

Quando já tinha anoitecido, fomos parados numa blitz que tinham fechado a estrada e desviado o trânsito para o acostamento. Nessa parada, tinha um desnível grande na estrada e fez um barulho forte no pneu, até dei uma olhada mas parecia tudo normal.

Rodamos mais uns quilômetros e uma luz se acendeu no painel, consultamos o manual do carro e era a pressão nos pneus mas como não estava puxando a direção, seguimos rodando.

Quando estávamos a menos de 200km do destino, numa estrada deserta, completamente escura, sem sinal de celular, o carro começou a fazer um barulho diferente, parei para olhar e o pneu já estava todo rasgado. Não tínhamos muitas alternativas e já começamos a tirar tudo do porta-malas para trocar o pneu.

O frio estava forte já, mas fazendo exercício deu para aguentar. Colocamos o step e seguimos nosso caminho. O step diz que só pode andar a 80km por hora, mas achei que 120km ainda dava.

Chegamos em Neuquén, mais uma cidade grande e o nosso hotel ficava quase na outra ponta da cidade. Eu sabia que era um hotel bom, mas fomos surpreendidos ao chegar.

Era um hotel cassino bem grande, e o nosso quarto era quase uma suíte presidencial, com um banheiro gigante, duas camas king size, um sofá e um banheiro maior que o nosso quarto.

Deixamos as coisas e fomos dar uma volta no hotel, tinha uma feira gigante mas estava já encerrando.

Olhamos as opções no hotel e achamos melhor pegar um McDonald’s pras crianças e procurar um lugar para nós jantar. Até o Mc não empolgou muito, foi uma dificuldade para comer.

Andamos pela volta e achamos uma hamburgueria com cerveja, resolveu o problema.

Voltamos para o nosso hotel e fomos dormir.

Minha programação inicial era acordar às 5h e pegar a estrada às 5:30 porém a noite não foi muito boa, a Grazi não queria dormir e eu acabei não conseguindo dormir. Quando a Grazi chegou, às 3h eu consegui dormir.
No fim, despertou às 5:30, levei uns 15min para acordar a Grazi e depois juntar todo resto de tralhas que faltavam. Quase não coube tudo no porta malas.
Levamos as crianças dormindo para o carro, o Vini até acordou e me acompanhou os primeiros 100km de estrada, depois foi dormir. A Grazi foi acordar depois de Pantano Grande.
Fizemos duas paradas no caminho até Uruguaiana, uma para mijar e outra para abastecer. Pegamos duas obras de uma pista só no caminho, acabamos perdendo tempo.
Chegamos em Uruguaiana às 13h e fomos procurar algum lugar para almoçar, achamos um restaurante com comida por quilo, e como a Grazi não estava com fome, atendeu bem a necessidade.
Pós almoço, pegamos a estrada em direção à fronteira com a Argentina, tinha uma fila enorme e tivemos que esperar. A Grazi e o Vini desceram do carro para tirar umas fotos enquanto estávamos parado no engarrafamento.
A imigração foi bem simples, apresentamos os documentos ne nos liberaram. Logo passando a fronteira, aproveitamos os cambistas para trocar alguns reais. Acabaram fazendo a cotação do câmbio oficial mesmo, R$1 = ARS220.
Neste momento tínhamos feito quase a metade do caminho, do lado argentino as estradas são melhor e com menos movimento, conseguimos andar mais rápido.
Fizemos algumas paradas para abastecer, o Vini gostava de ver as lojas de conveniência dos postos. Com as paradas para comer, banheiro e abastecer, acabamos chegando em Rosário perto das 20h. As crianças foram muito bem no caminho, nem reclamaram de nada.
Fizemos nosso check-in no hotel e logo fomos procurar algo para jantar, minha sugestão foi uma milanesa e no hotel, nos deram duas sugestões de lugar, um estava lotado e no segundo conseguimos uma mesa.
Estava querendo tomar um vinho no jantar, mas estava sem parceiria, então tomei uma cerveja. As crianças não se empolgaram muito pela milanesa, mas na verdade eles não se encantam por nenhuma comida (nem daqui, nem de lá).
No hotel tinha um salão de jogos bem legal, com fliperama, pinball, ping pong e mais um monte de coisas, mas como tínhamos rodado 1300km, não pensamos em estender a noite e ainda precisamos rodar mais 1200km amanhã.

Um conjunto de fatores decidiu nosso destino de férias de julho. O primeiro foi a possibilidade de estar com um carro novinho, a segunda foi o preço das passagens para bariloche a terceira foi a minha experiência em longas viagens de carro, que alias, recém voltei de uma com mais de 5000km.

Vamos sair no sábado, logo no inicio das férias e vamos em direção a Bariloche. Serão 2,5 dias de ida, depois passamos 7 dias em Bariloche, Villa La Angostura e San Martin de Los Andes. Depois iniciamos nossa volta em direlção a Buenos Aires, onde passaremos três dias passeando pela capital e voltamos pro Brasil.

Vamos fazer uma parada na fronteiras para compra de vinhos e free shops. Serão 5900km de estrada, vamos ver se as crianças aguentam.